Araguaína: Mais de 300 produtores participaram do III Seminário Estadual de Apicultura
A produção anual no Tocantins equivale a 100 toneladas e é comercializada internamente
O III Seminário Estadual de Apicultura superou as expectativas. Mais de 300 apicultores de várias regiões do estado participaram do evento, que aconteceu em Araguaína, quinta-feira, 15, e sexta-feira, 16.
No último dia, as atividades aconteceram pela manhã, na Faculdade de Veterinária com parte teórica e prática em apiários, melíponários e oficina de cosméticos. Mesa redonda, palestras e apresentação de caso de sucesso encerraram a programação no Campus da UFT no setor Cimba.
Alicerçado nos eixos “conhecer para preservar, preservar para produzir, produzir para sustentar, sustentar para desenvolver”, o evento teve a finalidade de propor que o conhecimento seja incentivo para a preservação e conservação das espécies polinizadoras.
O seminário teve ampla programação com atividades direcionadas também à meliponicultura, no II Seminário Estadual de Meliponicultura, que aconteceu simultaneamente.
A avaliação da médica veterinária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) e responsável pelo evento, Érika Jardim, foi positiva. “O Seminário cumpriu o objetivo, que era capacitar apicultores, técnicos e estudantes. Tivermos mais de 300 pessoas. Destacamos também a implantação dos apiários e dos meliponários didáticos com repasse dos equipamentos para os pesquisadores. O evento cumpriu a finalidade que se propunha”, afirmou.
Na mesma linha de raciocínio, o presidente da Federação da Apicultura Tocantinense (FETOAPI) e da Câmara Setorial do Mel José Neuto Souto, a cadeia da apicultura está em expansão. “Estamos vislumbrando um futuro promissor. Cada um que cria abelha terá a sua renda familiar aumentada. Estamos otimistas, passando uma visão de empreendedorismo para os nossos meliponicultores e apicultores, visando o fortalecimento de toda a cadeia do mel e os resultados já estão acontecendo”, destacou.
Cadeia da apicultura
Com a produção de 100 toneladas por ano, o Tocantins comercializa o mel internamente. Nova Olinda, na região norte do estado, é o principal produtor do Tocantins. Conforme a Câmara Setorial do Mel, o estado possui 1300 apicultores em atividade.
De acordo com o secretario da Agricultura, Pecuária e Aquicultura César Halum, a cadeia produtiva da apicultura é uma importante atividade econômica, que gera emprego e renda aos apicultores, meliponicultores, processadores, varejistas que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do Tocantins.
O apicultor Magno Freire é um exemplo de que a cadeia da apicultura gera renda. Na atividade há 21 anos, o apicultor passou de assistente de pedreiro ao maior produtor de mel do estado. Morando em Nova Olinda, Ele iniciou com cinco colmeias e hoje produz 5 toneladas de mel por ano. Graças ao mel, ampliou o negócio para a construção civil.
O apicultor Antonio José de Carvalho, do assentamento Manchete, município Marianópolis também vive da atividade. Começou criar abelhas para o consumo, mas a atividade cresceu. “Hoje pagamos as despesas com a venda do mel. A gente vende o litro por R$ 40,00”, afirmou.
Parceiros
Ruraltins, Adapec, Sebrae, FETOAPI, Faculdade Católica, CEUL/Ulbra, UFT, FAPT, IFTO, Sindicato Rural de Araguaína, Faet, Senar.
Fotos: Divulgação