Tocantins registra mais dois casos de mormo em equídeos em Formoso do Araguaia
Este ano, de janeiro até o momento, foram registrados três casos no município
Outros dois casos de mormo, doença infectocontagiosa que acomete equídeos, foram confirmados no Tocantins em Formoso do Araguaia, região sudoeste do estado, após investigação nas propriedades rurais que faziam vínculo com o foco registrado no dia 16 de janeiro deste ano. Os cavalos estão isolados e serão sacrificados, bem como serão realizados testes diagnósticos em todos os equídeos das propriedades limítrofes ao local.
De acordo com o responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Adapec, Raydleno Mateus Tavares, em janeiro quando foi identificado o animal positivo as propriedades vizinhas foram consideradas vínculos epidemiológicos, por isso foram coletadas amostras de todos os equídeos. Destes, dois tiveram resultado positivo, portanto, todo o processo de contenção da enfermidade está sendo feito.
Para a propriedade rural deixar de ser considerada foco é necessário ser realizado testes de diagnóstico consecutivos de todos os equídeos do local e daqueles que fazem vínculos, num intervalo de 21 a 30 dias, entre colheitas com resultados negativos.
Não existe vacina ou tratamento para o mormo. Em casos de suspeita da doença, o produtor rural deve notificar imediatamente a Adapec em uma das suas unidades ou pelo Disque Defesa 0800 63 11 22, bem como denunciar trânsito clandestino de animais. Outra medida é adquirir equídeos apenas com exames negativos para doenças que acometem o plantel e demais documentações sanitárias exigidas pela legislação.
O Tocantins conta com aproximadamente 250 mil equídeos. Entre o ano de 2015, quando surgiu o primeiro caso da doença, até o momento, já foram registrados 39 animais positivos.
Mormo
O Mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos (asininos, equinos e muares) e pode ser transmitida ao homem. Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade, não existindo nem vacina e nem tratamento e a única forma de controle e prevenção é a eutanásia dos animais positivos.
Casos confirmados
Em 2015, foram 14 casos confirmados em Formoso do Araguaia; em 2016, quatro casos em Sandolâdia, três em Cariri e oito em Fomoso; em 2017, foram registrados um caso em Palmas, um em Cariri e um em Palmeirante e quatro casos em Fomoso do Araguaia. Este ano, três novos casos foram confirmados em Formoso.
Foto:Delfino Miranda