Apesar de sua forte vocação agropecuária, o Brasil mantém a maior parte de seu território coberta por vegetação nativa protegida. De acordo com dados reunidos pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), FUNAI, EMBRAPA (2018), IBGE (2019) e Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SFB/SICAR, 2021), 66,3% do território brasileiro é ocupado por áreas destinadas à vegetação protegida e preservada.
Esse percentual é composto por:
- 33,2% de áreas destinadas à preservação da vegetação no mundo rural, conforme declaradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR),
- 13,8% de terras indígenas,
- 9,9% de vegetação nativa em áreas militares e terras devolutas,
- 9,4% de unidades de conservação integral.
Já o uso agropecuário corresponde a apenas 30,2% da área total do país, sendo subdividido em:
- 21,2% de pastagens,
- 7,8% de lavouras,
- 1,2% de florestas plantadas.
Outros usos, como infraestrutura urbana e industrial, representam somente 3,5% do território nacional.
Esses dados reforçam o papel da legislação ambiental brasileira, em especial o Código Florestal, considerado uma das normas ambientais mais completas do mundo. A legislação exige que todas as propriedades rurais mantenham Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais, que variam entre 20% e 80% da área da propriedade, dependendo do bioma em que está inserida.
Mesmo em regiões distantes da Amazônia, setores como a avicultura e a suinocultura seguem rigorosamente essas normas, demonstrando que é possível produzir proteína animal em larga escala com responsabilidade ambiental.
Com informações da Associação Brasileira de Proteção Animal.