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Home Agricultura Familiar

Cadastro de artesãs e mapeamento de quebradeiras de coco mobilizam Augustinópolis

por Yuri Felipe Sousa - Jornalista
em: 29/09/2025 08:55
Cat.: Agricultura Familiar
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Cadastro de artesãs e mapeamento de quebradeiras de coco mobilizam Augustinópolis

Governo do Tocantins realiza cadastro e mapeamento das quebradeiras de coco babaçu do Bico do Papagaio. (Foto: Marcelo Rodrigues/Gverno do Tocantins).

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As mãos calejadas e os rostos marcados pelo tempo revelam a trajetória de luta das mulheres conhecidas como quebradeiras de coco babaçu. Guardiãs de um saber tradicional transmitido por gerações, elas mantêm viva a cultura na região do Bico do Papagaio, extremo norte do Tocantins. O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), realizou nesta semana, em Augustinópolis, o cadastro para emissão da Carteira Nacional do Artesão e o mapeamento das quebradeiras de coco.

O cadastro foi conduzido pela coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) no Tocantins, Núbia Cursino. Realizaram o cadastro 32 artesãos. “Essa é uma ferramenta fundamental para valorizar e reconhecer o trabalho artesanal. A Carteira Nacional do Artesão garante acesso a políticas públicas, participação em feiras e maior visibilidade para a produção cultural das quebradeiras”, pontuou a coordenadora.

O mapeamento das quebradeiras ficou a cargo da analista técnica da Secult, Ana Elisa Martins. Foram identificadas 40 quebradeiras de coco. “O levantamento é um passo essencial para compreender a realidade dessas comunidades, subsidiar projetos e fortalecer a cadeia produtiva do babaçu e valorizar os saberes tradicionais das quebradeiras”, comentou a técnica Ana Elisa.

Defensoria nos Babaçuais

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A ação integra o Projeto Interinstitucional Defensoria nos Babaçuais, desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins. O defensor público-geral do Estado, Pedro Alexandre, ressaltou que as quebradeiras são uma população tradicional que compõe a identidade cultural do Tocantins. “A Defensoria Pública reafirma o compromisso de atender quem mais precisa, inclusive nas regiões mais distantes, como o Bico do Papagaio”, afirmou.

A defensora pública e coordenadora do Núcleo Agrário e Ambiental, Kênia Martins Pimenta Fernandes, explicou um pouco mais sobre o projeto. “O objetivo é garantir acesso à justiça. É um projeto que aproxima a Defensoria do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu. Essas mulheres têm uma luta histórica de resistência, e é fundamental o apoio da Cultura para valorizar essa tradição”, informou.

A coordenadora regional do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Maria Silvânia, que começou a quebrar coco aos sete anos, reforçou a importância do evento. Segundo ela, o MIQCB atua nos quatro estados que compõem a cadeia do babaçu — Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará. “O que sonhamos aqui também é sonhado nos demais babaçuais, porque a nossa luta é coletiva e interestadual”, relatou a coordenadora Maria.

Quebradeiras de coco babaçu 

Entre as quebradeiras presentes no evento, destacam-se a dona Maria do Socorro Teixeira Lima, assentada no município de Praia Norte, que apresentou um pouco da sua história. “Comecei a quebrar coco para sobreviver. Minha mãe ensinou todos os filhos a viver desse trabalho”, pontuou.

A dona Raimunda Sousa Vieira, de Buriti do Tocantins, artesã e lavradora, lembra a idade em que começou o ofício. “Acho que já nasci trabalhando. Aos cinco anos, comecei a acompanhar meu pai na roça, e de lá para cá nunca parei”.

Já Rosalva Silva Gomes, de Imperatriz, no Maranhão, apresentou peças feitas com babaçu. “Minha primeira produção foi um chaveiro. A partir daí, fui criando e aperfeiçoando”, contou.

No povoado Centro do Firmino, em Carrasco Bonito, a Secult acompanhou o trabalho coletivo de catação e quebra do coco, realizado em um barraco de palha.

Francisca Maria da Conceição Cruz afirmou que o sustento da família se dá pelo árduo trabalho. “O que conseguimos vem do coco: pão, café, carne, roupa, remédio, energia e tudo o que precisamos para viver”. 

Eliene Maria Azevedo ressaltou que perpetua o serviço que aprendeu com a mãe.  “Aprendi a quebrar coco aos dez anos com minha mãe e até hoje continuo nesse ofício”. 

Maria José de Morais, de 91 anos, contou que também iniciou o trabalho de quebradeira ainda na infância. “Comecei a quebrar ainda criança, já quebrei muito coco nesta vida”. 

Ana Lúcia Dias da Conceição afirmou que não pretende se aposentar tão cedo do ofício. “Criei três filhos quebrando coco e só vou parar quando Deus permitir”.

Muitas das mulheres que exercem o trabalho de quebradeira de coco, aprenderam o ofício com as próprias mães, como também é o caso da Dona Ivonete Saraiva da Silva, que iniciou aos oito anos. “Tenho muito orgulho dessa trajetória”, comentou.

Escuta coletiva

No evento em Augustinópolis, foi realizada uma escuta coletiva que contou com a participação da analista técnica da Secult Ana Elisa Martins; da defensora pública Kênia Martins; da procuradora do Ministério Público do Trabalho Cecília Santos; da secretária de Estado da Mulher e também respondendo pela Secretaria de Estado da Igualdade Racial, Larissa Rosenda; do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Tocantins, Edmundo Rodrigues Costa; do coordenador do Grupo de Trabalho de Comunidades Tradicionais da Defensoria Pública da União (DPU), defensor público federal Célio Jhon; do técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Lenine Barros Cruz; e da diretora de Proteção e Fomento da Secretaria de Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot), Milene Ribeiro.

Na mesa da escuta, Ana Elisa ressaltou a importância do momento. “Além do mapeamento das quebradeiras de coco babaçu, nossa participação nesta escuta tem o objetivo de reunir informações que nos permitam direcionar as políticas públicas da Cultura para esse público. Destacamos ainda que o segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc terá uma forte linha voltada às culturas tradicionais e populares, e nossa presença no evento busca justamente garantir que essa política chegue às quebradeiras de coco,” destacou.

Por Marcelo Rodrigues/Governo do Tocantins.

Tags: Agriculturaagricultura familiarartesãsAugustinópolisquebradeiras de cocoTocantins
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