
A mandioca foi a virada de chave para nossa vida”. A declaração é do produtor rural Almeida Vasconcelos, da chácara Redhil, no município de Aragominas, no norte do Tocantins. Ele e a esposa, a produtora Djhane Pinheiro Vasconcelos, celebram agora os resultados da atividade rural após um período de incertezas marcado pela mudança definitiva da cidade para a zona rural.
A ideia inicial do casal, quando decidiu apostar na vida no campo, era produzir leite. Mas os primeiros resultados não foram satisfatórios. Faltavam recursos para novos investimentos que garantissem a rentabilidade do negócio. Na busca por diversificação, eles chegaram até o Senar.
“O objetivo deles era diversificar a fonte de renda da propriedade, porque só trabalhavam com leite, e a mandiocultura foi a alternativa encontrada para isso”, destacou a técnica de campo do Senar, Marcia Eduarda Lima. Segundo ela, como os produtores não tinham experiência com a cultura, seguiram todas as recomendações técnicas, do preparo do solo à colheita, e os resultados logo apareceram.

A produtividade da primeira safra superou a média regional, alcançando mais de 11 mil kg/ha. A primeira mudança foi abandonar práticas tradicionais, como a queima do mato. Com o preparo adequado do solo, o plantio em linha para facilitar o manejo e o corte reto das manivas de plantas adaptadas à região e recomendadas pela Embrapa, a produção surpreendeu.
“Quando o diagnóstico produtivo individualizado, o DPI, é bem feito, como ocorreu na propriedade, os próximos passos ficam mais fáceis”, destacou o supervisor do Senar, Léo Batista. Mesmo com a incidência de pragas e insetos, o manejo pontual e adequado garantiu que a produção não fosse afetada, preservando o bom desempenho.
O mandiocal da chácara Redhil tornou-se referência local pela organização e pelas boas colheitas, motivo de orgulho para a família. “A gente tinha um financiamento pra pagar e eu teria que tirar o dinheiro das coisas que a gente tinha na propriedade. Mas com a produção de mandioca, conseguimos quitar o empréstimo, garantir o recurso pra safra seguinte e ainda fazer umas melhorias que a gente tanto precisava”, destacou Almeida.
O produtor afirmou ainda que o trabalho do Senar deu mais segurança para fazer os investimentos necessários e persistir na atividade e na vida no campo. Outro diferencial da propriedade é que os produtores também buscaram capacitação, participando ativamente de cursos e palestras promovidos pela associação de agricultores em parceria com o Senar.

Agora, a família já sonha com a realização de um desejo antigo: reforçar a casa onde moram. “Quando a gente mal chegou aqui, a Djhane já falou que queria reformar nossa casinha e eu disse que ela tinha que ter paciência. Mas agora, graças aos resultados que estamos conquistando, o sonho vai se realizar. Já temos o material e só falta o pedreiro pra fazer o serviço”, contou Almeida.

Por Ascom Sistema Faet/Senar.















