Após três anos de levantamentos técnicos, a Fundação MS desvendou qual é a melhor planta de cobertura para consorciar com a soja e aumentar os níveis produtivos.
Ao longo do estudo, notou-se avanço de rendimento médio de 17% na oleaginosa com o uso da Brachiaria brizantha, cultivar Piatã, em comparação a outras culturas de outono-inverno.
“Foram observadas melhorias na cobertura do solo, na parte química e na redução de nematoides”, explica o pesquisador da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti.
Segundo ele, o Piatã como alternativa ao milho safrinha tardio sobressaiu-se ao milho solteiro, ao milheto mais guandu, à aveia preta mais nabo forrageiro, ao sorgo granífero e ao sorgo forrageiro.
“O ambiente com o Piatã proporcionou melhorias para que a soja produzisse mais, com uma produção adequada de palha, cobrindo mais o solo, por uma duração mais prolongada e de melhor qualidade, sem decomposição rápida”, explica.
De acordo com ele, o desenvolvimento do capim proporciona melhor fertilidade ao solo, atribuindo melhorias na nutrição e no volume de raízes da soja, uma vez que contribui no incremento do potássio no solo, disponibilizando mais nutrientes para a planta.
“Além disso, auxilia na redução de alguns nematoides, principalmente do gênero Rotylenchulus, que causam redução das radicelas (raízes mais finas) do sistema radicular da soja, assim permitindo boas condições de solo e raízes saudáveis à soja”.
Por Victor Faverin.