O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepea), promove, até o domingo (15), a Semana do Pescado, com o objetivo de fomentar ações e o consumo de peixes, frutos do mar e demais pescados.
A ação teve início no dia 1° de setembro e tem o apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que criou a data em 2003.
O diretor de desenvolvimento da aquicultura da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura, Thiago Tardivo, destaca as ações desenvolvidas durante a Semana do Pescado.
“O objetivo desta ação é promover o consumo de pescado. Este ano, estamos focando na parte de pesquisa, em capacitações de técnicos e produtores, por meio do 1° Simpósio de Zootecnia, do IFTO, que terá como tema Aquicultura e Piscicultura. Então essa é a nossa principal ação, além de promover com os parceiros o consumo de peixe”, comenta Tardivo.
A estimativa do Ministério da Pesca é que haja um aumento no consumo de, pelo menos, 30% durante a Semana do Pescado, fortalecendo, assim, o setor da indústria, supermercados, peixarias, feiras, pontos de venda no atacado e varejo, restaurantes até a chegada do produto final aos consumidores.
Produção no Tocantins
O Tocantins é um produtor iminente com capacidade de produzir aproximadamente 900 mil toneladas e ocupa, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), a 18ª maior produção de peixes do Brasil, mas a ideia é colocar o estado entre os cinco maiores até 2027.
Os dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) mostram que o tambaqui é a principal espécie produzida no Estado atualmente, sendo responsável por 48% do volume da produção no Tocantins. Seguidos do tambaqui, existem ainda os híbridos tambacu e tambatinga, que representam 34% da produção; e 10,49% é de pintado e seus híbridos.
O estado registrou um aumento de 6,7%, atingindo 17.350 toneladas, em 2022, representando 1,85% na produção total de pescado no país, conforme a Associação Brasileira da Piscicultura.
Além disso, após o incentivo para a produção de tilápia em tanque rede no reservatório da Bacia Rio Tocantins e alterações na legislação, o Estado teve um aumento na produção desse pescado, que saltou de 80 toneladas em 2020; para 450 toneladas em 2022, quando foram lançados os últimos dados.
Benefícios do consumo de pescado
Matéria-prima de diversos pratos saborosos, o consumo de pescado tem um papel importante na alimentação e na saúde. O peixe tem uma proteína rica em retinol, ferro, zinco, vitamina D, E e B12, cálcio, iodo, selênio e elevadas quantidades de ômega 3 e é associado também à proteção contra doenças cardiovasculares e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs).
A nutricionista Ludmilla Moreira explica que o consumo de pescados pode contribuir com o aumento de músculos, saúde da pele e até células. “Os peixes apresentam uma vantagem em relação às carnes vermelhas pelo menor conteúdo de gorduras e também por possuírem alta proporção de gorduras insaturadas, aquelas conhecidas como saudáveis, sendo então excelentes substitutos para a carne vermelha.” diz, Moreira.
“Os peixes, principalmente os mais gordurosos, possuem essas gorduras insaturadas, ômega 3 e ômega 6, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que ajudam a regular o colesterol ruim, o LDL, e são capazes também de aumentar os níveis de HDL, conhecido como colesterol bom no sangue. Então, isso faz com que a gente reduza os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o AVC, pressão alta e infarto.” explica a nutricionista.
Além dos preparos para as refeições que são diversos, a nutricionista explica que o ideal é que o peixe seja consumido ainda fresco e sem ser ultraprocessado, como é o caso dos peixes em conserva que possuem uma maior quantidade de sódio, de gordura, de conservantes e corantes.
Por Victor Faverin.