Acompanhando o mercado físico, os contratos futuros também subiram na última semana na B3, embora em menor proporção.
Por mais uma semana, o cenário no mercado físico do boi gordo permaneceu firme. Na sexta-feira, 27, o preço médio do boi brasileiro registrou alta de 1,76%, ficando cotado a R$ 255,61 por arroba. Conforme a consultoria Agrifatto, o resultado deve-se à oferta reduzida de animais aptos para o abate.
Entre os destaques, está a comercialização em Tocantins, onde a arroba foi negociada em seu maior patamar desde abril de 2023. O valor chegou a R$ 244,49, alta de 3,83% na comparação diária e de 6,65% no comparativo semanal.
Já na leitura da consultoria Markestrat, com base em dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do boi gordo acumularam alta de 4,66% na semana. O indicador Cepea/B3 aponta a arroba sendo negociada no mercado físico a R$ 273,90 na última sexta-feira, alta de 14,24% no mês.
Acompanhando o mercado físico, os contratos futuros também subiram na última semana na B3, embora em menor proporção. Os contratos com vencimento em setembro de 2024 subiram 1,88% no comparativo semanal, fechando a última sexta-feira a R$ 268,45 por arroba. Para os vencimentos de novembro, a arroba encerrou a semana a R$ 274, valorização de 2,12%.
Referente aos abates, a última semana de setembro encerrou com uma média nacional de escalas em 7 dias úteis. Cenário observado durante todo o mês, praticamente. “Os frigoríficos continuam com dificuldade para comprar bovinos, com a maioria das indústrias funcionando com as programações entre 5 e 7 dias úteis. Cenário que vem impulsionando a alta nos preços do boi gordo”, expressa em comunicado setorial a Agrifatto.
“Para esta semana, a expectativa é de continuidade na valorização dos preços, uma vez que a falta de chuvas segue impactando a oferta de animais”, avalia José Carlos de Lima Júnior, da consultoria Markestrat.
Além disso, com o início do novo mês e a consequente melhoria do poder de compra dos brasileiros, a demanda no mercado interno deve aumentar. “Isso, aliado à manutenção das exportações elevadas de carne bovina, resultará em uma pressão adicional sobre a demanda, em um cenário de oferta reduzida de animais terminados, impactando nos preços”, conclui Lima Junior.
Fonte: Agro Estadão