Quatro segmentos respondem, somados, por quase metade do faturamento das maiores empresas da agropecuária brasileira, segundo a nova edição do levantamento que integra o prêmio “Melhores do Agronegócio”, que destaca, todos os anos, os principais nomes do agro no país. A revista “Globo Rural”, que organiza a premiação, anunciará os vencedores deste ano em evento na segunda-feira (25/11), em São Paulo.
As 500 maiores companhias do agro brasileiro faturaram, ao todo, R$ 1,61 trilhão no ano passado. A maior parcela foi a das indústrias de soja e óleos, que tiveram receita de R$ 304,2 bilhões em 2023, ou o equivalente a 18,9% do total.
O domínio desse segmento reflete o peso que a soja tem hoje no desempenho geral do agro brasileiro. Segundo projeção da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a oleaginosa responderá por 38% do valor bruto da produção agrícola do país em 2024. O VBP — que cairá 1,9% neste ano, para R$ 1,29 trilhão, estima a entidade — é o cálculo do faturamento bruto que as propriedades rurais obtêm “da porteira para dentro”, com a venda dos itens que elas cultivam e criam.
As cooperativas, com 16,9%, têm a segunda maior fatia da receita das 500 maiores companhias da agropecuária nacional. Empresas de comércio exterior e indústrias de carne bovina, com 6,6% e 5,6%, respectivamente, completam a lista dos setores do agro de maior receita. Somados, os quatro maiores segmentos respondem por 48% da receita total.
A edição deste ano é a 20 do “Melhores do Agronegócio”, que se estabeleceu como a mais importante premiação do gênero no país. A Serasa Experian é a responsável pelo levantamento e análise técnica das informações que servem como base para a elaboração do ranking das 500 maiores empresas do agro.
No trabalho, a Serasa Experian leva em consideração os dados que aparecem nas demonstrações contábeis das empresas, como receita líquida, margem e endividamento, os relatórios sobre a responsabilidade socioambiental das companhias e suas respostas a questionários sobre o tema. O ranking das maiores adota a receita líquida como critério de classificação.
Para a definição de outro ranking, o das melhores empresas de cada segmento, a Serasa atribui aos indicadores financeiros peso de 70% na nota final e de 30% às iniciativas de responsabilidade socioambiental das companhias. Ao todo, a premiação indica as melhores de 21 segmentos.
Uma banca independente, formada por especialistas em finanças, economia, gestão e sustentabilidade, utiliza as informações do levantamento da Serasa Experian para apontar a campeã das campeãs do “Melhores do Agronegócio”. A “Globo Rural” entrega ainda premiações especiais nas categorias “Maior Empresa do Agronegócio”, “Pequenas e Médias Empresas” e “Sustentabilidade”.
No “Anuário do Agronegócio”, edição especial da revista sobre o prêmio, a “Globo Rural” apresenta o ranking e também reportagens sobre as campeãs.
Por Patrick Cruz/Globo Rural.