Com objetivo de aprimorar técnicas de prevenção a incêndios florestais, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), por meio do Parque Estadual do Cantão (PEC), participa de ações de Manejo Integrado do Fogo (MIF) realizadas na Mata do Mamão, na região do Parque Nacional do Araguaia, localizado no município de Lagoa da Confusão. As atividades, iniciadas no último domingo, 20, seguem até a próxima terça-feira, 29.
As ações são conduzidas por equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vez que a área apresenta sobreposição com a Terra Indígena e o Parque Nacional do Araguaia.
Durante as ações, foram realizadas as queimas prescritas para evitar incêndios de grandes proporções na região. As atividades utilizam estrutura de queima por terra, com apoio de quadriciclos, além de suporte aéreo por helicóptero, com uso do equipamento Sling Dragon, e monitoramento por avião Air Tractor para controle da facilidade de combate em possíveis áreas de reignição.
A inspetora de recursos naturais do Parque Estadual do Cantão, Aline Vilarinho, explica que a ação é realizada anualmente nas áreas de proteção ambiental e destaca o uso do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), ferramenta adotada pelas instituições envolvidas para planejamento, execução e gestão de informações relacionadas ao manejo do fogo. “O Naturatins recebeu convite para acompanhar a operação e aprender sobre as técnicas utilizadas, com o intuito de aprimorar nossos próprios métodos e incorporar essas estratégias aos planejamentos futuros”, ressalta a inspetora.
Durante a atividade, a inspetora Aline Vilarinho também acompanhou um sobrevoo de monitoramento na área das queimas prescritas e conheceu o funcionamento do Sling Dragon, equipamento que lança esferas inflamáveis a partir do helicóptero para iniciar o fogo controlado. “É uma tecnologia muito eficiente, que otimiza o tempo da brigada e reduz o esforço logístico. As esferas são lançadas em pontos estratégicos e entram em combustão após reação química. Além disso, há um rastreamento por GPS que registra com precisão os locais atingidos”, detalha, ao explicar que, após a queima, as equipes realizam o acompanhamento das áreas para verificar eventuais focos residuais de fogo.
Por Kleidiane Araújo/Governo do Tocantins.