Técnico de campo da ABCZ explica como é realizada a competição
O evento, que deve durar cerca de dez meses, inicia no dia 22 de junho e encerra no dia 12 de abril de 2025, neste ano será realizado em Silvanópolis na Fazenda Encontro da Natureza do proprietário, Celso Guelfi, esse evento vai servir para mostrar na prática o desenvolvimento da raça nelore no Tocantins. A prova consiste na formação de um grupo de animais contemporâneos, cuja padronização do meio ambiente (alimentação e clima) permite que as diferenças na performance entre os animais estejam altamente correlacionadas com as diferenças genéticas. Além disso, valoriza os criadores do estado do Tocantins e a qualidade de seu trabalho, identificando animais superiores dentro da raça Nelore.
A prova de ganho de peso (PGP) submete predominantemente animais machos inteiros, com Registro Genealógico de Nascimento (RGN), com variação de idade de no máximo 90 (noventa) dias, a um mesmo manejo e regime alimentar durante o período da prova. O objetivo é identificar os animais com melhor desempenho nas características de ganho de peso, peso final ajustado e tipo (fenótipo ou “biótipo”). As PGP’s são divididas em três modalidades: a pasto, confinamento e dupla aptidão ou propósito.
José Ribeiro Martins Neto, técnico de campo da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), será o responsável por conduzir a prova. Ele discute os principais desafios enfrentados ao conduzir uma PGP. “Acredito que seja a disseminação da genética que é identificada através da prova de ganho de peso. Sabemos que no Brasil, entre 70% a 80% das vacas são cobertas por animais sem procedência, os chamados: ‘cabeceira de boiada’ ou ‘cara limpa’. O touro registrado e melhorador fica com 20% a 30% das matrizes, então a grande dificuldade é após a disseminação dessa genética, seja via monta natural ou via sêmen”, explica.
José também destaca os indicadores de desempenho mais relevantes analisados após a conclusão da prova. “Temos programado para esta prova um leilão e na prova passada tivemos três contratações. Então, essas contratações da central é coletado o sêmen que o criador utiliza na sua fazenda, além de também ser vendido. Acreditamos que as matrizes que foram inseminadas com o sêmen desses touros neste ano na estação de monta já começaram a produzir a progênie para análise. Alguns criadores também levam seus touros de volta para casa e os utilizam na monta natural com a expectativa de nascer os bezerros agora no final do ano de 2024”, concluiu.
Andrea Stival, presidente da Nelore Tocantins está otimista com o evento. “Eventos como esse são ótimos, pois nos possibilita impulsionar e mostrar a qualidade da genética do Nelore no Tocantins”, conclui Stival.