A sessão desta quarta-feira, 20, na Câmara de Palmas, foi marcada por duras críticas do vereador Carlos Amastha (PSB) à medida provisória (MP) apresentada pela Prefeitura na área da Educação, que trata da compra emergencial de alimentos destinados à merenda escolar. Segundo o parlamentar, a proposta “é uma desgraça para a economia popular” e precisa ser retirada imediatamente pelo prefeito.
O debate girou em torno da origem da MP, apontada por alguns vereadores como iniciativa da Secretaria de Educação, enquanto outros mencionaram participação da Casa Civil. Para Amastha, a discussão sobre a autoria é “irrelevante”.
“Não interessa se foi a Débora, o Carlos Júnior ou o Rolf. Essa medida provisória é uma desgraça para a nossa economia popular e o prefeito precisa suspendê-la. O que não podemos é obrigar a base a votar um negócio tão ruim para a cidade”, afirmou.
O vereador questionou ainda se o prefeito está ciente das consequências do texto. “Será que o prefeito sabe dessa medida provisória? Essa MP vai na direção contrária, destruindo todo esse trabalho”, disparou.
Durante a fala, Amastha ampliou o debate e criticou decisões recentes da Prefeitura, como o gasto de R$ 9 milhões para a criação de uma célula do aterro sanitário e o investimento de R$ 4 milhões no Festival Gastronômico.
“Nove milhões em uma célula do aterro é um absurdo. Quando fui prefeito, resolvemos a situação com parcerias e trabalho técnico, sem esse gasto exagerado. Da mesma forma, não dá para gastar R$ 4 milhões em festival gastronômico. Estamos vivendo tempos em que falta gestão, não dinheiro”, declarou.
Ele também alertou para o contingenciamento recente de R$ 84 milhões do orçamento municipal, atingindo áreas como Saúde, Educação e Infraestrutura.
Por Gazeta do Cerrado.