O prognóstico agroclimático do Inmet para dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 prevê temperaturas acima da média histórica em todo o Brasil. As chuvas devem variar entre a média e acima da normalidade na maior parte das regiões, com exceção de áreas específicas onde os volumes podem ser menores, trazendo impactos à umidade do solo e à gestão de recursos hídricos.
Região Norte
A maior parte da região deve registrar chuvas próximas ou acima da média. Contudo, o centro-leste do Pará, Tocantins e o leste do Amapá podem enfrentar precipitações abaixo da média. Temperaturas mais altas estão previstas especialmente para Pará, Tocantins e parte do Amazonas. Roraima, por sua vez, continuará com baixos níveis de armazenamento hídrico.
Região Nordeste
Chuvas abaixo da média dominam o cenário, com os menores volumes esperados no centro-norte do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A região enfrentará calor intenso, com temperaturas acima da média histórica e baixos níveis de umidade do solo, exceto no Maranhão e oeste da Bahia, que podem apresentar leve recuperação em janeiro.
Região Centro-Oeste
As chuvas devem ser regulares ou acima da média em quase toda a região, exceto no norte de Goiás e nordeste do Mato Grosso. A umidade do solo permanecerá elevada em Goiás e Mato Grosso, exceto em áreas específicas do Mato Grosso do Sul.
Região Sudeste
Chuvas acima da média são esperadas para São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e centro-sul de Minas Gerais, enquanto o norte de Minas pode registrar volumes menores. As temperaturas tendem a ser elevadas, mas frentes frias e corredores de umidade podem suavizar o calor.
Região Sul
O leste de Santa Catarina e partes do Paraná terão chuvas acima da média, mas o sudeste do Rio Grande do Sul poderá enfrentar condições mais secas. O calor predomina, mas a entrada de frentes frias pode ocasionar períodos de temperaturas mais amenas.
Impactos climáticos e tendências
Fatores como o El Niño-Oscilação Sul e o Dipolo do Atlântico seguem influenciando o clima no Brasil. A probabilidade de um evento de La Niña é de 62% até fevereiro, diminuindo para 50% nos meses seguintes. Essas condições continuarão impactando diretamente a agricultura e a distribuição de recursos hídricos no país.
Por Revista Cultivar/INMET.