A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou uma queda de 15% na produção de milho 2ª safra, no estado do Tocantins, devido ao atraso na colheita de soja causado por fatores climáticos.
Embora os números ainda não tenham sido consolidados, espera-se que sejam divulgados no próximo levantamento.
De acordo com a Conab, a perda na produtividade varia em diferentes regiões. Os produtores que conseguiram semear dentro da janela de plantio, estão obtendo entre 100 e 105 sacas por hectare.
No entanto, aqueles que atrasaram o plantio, aguardando a estabilidade do clima, estão colhendo bem abaixo das expectativas, com perdas de até 45%, uma média de 60 a 70 sacas por hectare.
Por outro lado, os analistas da Conab fazem uma comparação entre a atual safra e a safra anterior. Neste ano, por exemplo, houve uma diminuição na área plantada, e os produtores optaram pelo cultivo de gergelim para evitar riscos.
Segundo o levantamento anterior, houve uma disparidade nas condições climáticas registradas em todo o país, mas foi observada uma melhora na produtividade das lavouras em importantes estados produtores.
O milho é a principal cultura da 2ª safra, com uma estimativa de produção de 88,12 milhões de toneladas. A colheita já atingiu cerca de 45% da área semeada, segundo estimativas iniciais da Conab.
Na região de Pedro Afonso, onde se concentra um grande número de produtores, a colheita do milho da segunda safra está bem adiantada e deve ser concluída ainda na primeira quinzena de julho.
Na safra passada, a área plantada chegou a 400 mil hectares, representando um crescimento superior a 14% em relação à segunda safra do ano anterior, de acordo com dados da Conab. Estima-se que a produção nesta safra fique em torno de 2,26 milhões de toneladas de grãos de milho.
Redução ou falta de chuvas durante longos períodos
Em alguns estados, como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Pará, Tocantins e parte de Goiás, a redução ou falta de chuvas durante longos períodos no ciclo do milho da segunda safra também afetaram o potencial produtivo.
No entanto, em regiões onde as precipitações foram bem distribuídas ao longo do desenvolvimento da cultura e onde os produtores utilizaram tecnologia adequada, foram registradas boas produtividades nos talhões colhidos e boas perspectivas nas áreas ainda em maturação. Com isso, estima-se uma produção total de milho de 114,14 milhões de toneladas.
Por Agro2.