Com muitos compradores fora dos negócios e as escalas preenchidas, o mercado pecuário apresentou estabilidade nesta segunda-feira (25/8). Das 32 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, apenas quatro registram aumentos para o preço do boi gordo: norte de Minas Gerais, sudeste de Rondônia, sul de Tocantins e Espírito Santo. As demais praças não tiveram alteração nas cotações em relação à sexta-feira (22/8).
Em Araçatuba (SP) e Barretos (SP), praças de referência para o mercado, não houve mudança em nenhuma categoria. O preço do boi gordo seguiu cotado a R$ 310 a arroba para o pagamento a prazo.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os compradores estão operando com foco no curto prazo, atentos às vendas de carne no atacado doméstico e aos novos contratos para exportação. A oferta é considerada baixa em quase todas as regiões e os preços estão firmes, com possibilidade de pequenas altas ou baixas pontuais a depender da escala de cada comprador.
A consultoria Terra Investimentos destaca que, mesmo entrando na última semana de agosto, os contratos futuros de boi gordo na B3 seguem lutando para registrar algum ganho no acumulado mensal. O vencimento agosto, cujo período de cálculo da média de liquidação começou nesta segunda-feira, e que tem seu último dia de negociação na próxima sexta-feira (29/8), acumulava até o momento uma perda de R$ 2,05 por arroba no mês, enquanto o outubro recuava R$ 1,65 por arroba.
Em relação ao mercado externo, o informa que exportação de carne bovina foi intensa na última semana. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira, o volume médio embarcado por dia voltou para a casa das 13 mil toneladas de carne in natura, elevando em quase 1 mil toneladas a média diária registrada na primeira quinzena de agosto.
Faltando ainda seis dias úteis para o cômputo das exportações em agosto, o volume parcial já se aproxima do total de agosto do ano passado. Até a sexta-feira, foram exportadas 212.925 toneladas, face a 217.409 toneladas em agosto (inteiro) de 2024. “A se manter o ritmo atual, os embarques de carne in natura deste mês podem superar o recorde de julho”, afirma o Cepea.
Por Marcelo Beledeli/Globo Rural.