Norte e o Nordeste podem se beneficiar de volumes de chuvas acima da média
Segundo informações divulgadas pela Céleres, a safra de grãos 2024/25 será marcada pela influência de um fenômeno climático La Niña de baixa intensidade. As condições climáticas projetadas indicam que o fenômeno, caracterizado pela redução das temperaturas do Oceano Pacífico central e oriental, poderá impactar diretamente a distribuição de chuvas nas diversas regiões agrícolas do país.
A La Niña, historicamente conhecida por provocar variações climáticas que afetam a produtividade, traz expectativas mistas para os produtores brasileiros. De acordo com a Céleres, o Norte e o Nordeste podem se beneficiar de volumes de chuvas acima da média, o que favorece a produção local. No entanto, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste tendem a registrar precipitações abaixo da média, o que pode representar desafios para a produtividade.
Os impactos da La Niña são tradicionalmente mais sentidos nas regiões extremas do Brasil, como o Rio Grande do Sul e a área do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), enquanto áreas centrais, como o Sudeste e Centro-Oeste, costumam sofrer menos influências severas.
Para a safra de 2025, após um ciclo anterior com condições climáticas adversas, a projeção é otimista. Apesar de uma possível demora na chegada das chuvas, a previsão de um clima mais favorável aponta para uma safra robusta, com uma produção total de soja estimada em 170 milhões de toneladas. Isso poderá beneficiar a exportação e o consumo interno, influenciando a precificação da oleaginosa no início do próximo ano.
Por Aline Merladete.