A Embrapa e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciaram o lançamento de uma nova versão do ‘Mapa de Aptidão Agrícola das Terras do Brasil’. A ferramenta, que é gratuita e está disponível online, identifica as regiões com maior ou menor potencial para diferentes usos agrícolas, como lavouras, pastagens e florestas plantadas, conforme as condições naturais do solo e da paisagem.
O mapa considera níveis de manejo baixo, médio e alto e pode ser utilizado para embasar políticas públicas, planejamento territorial, zoneamento agrícola e decisões estratégicas de produtores rurais. Os estudos, que resultaram na classificação da aptidão agrícola em todas as regiões do país foram desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa Solos e do IBGE, e com o apoio financeiro do Ministério da Agricultura e Pecuária (mapa).
A ferramenta reúne dados detalhados de relevo, clima e solos, excluindo áreas protegidas, como terras indígenas, e regiões ainda não desmatadas da Amazônia, respeitando os limites ambientais vigentes.
A nova versão do mapa possui resolução aprimorada e a possibilidade de visualizar a aptidão em diferentes escalas, desde o território nacional até por municípios. “Esse é o mapa que diz o que dá para fazer com a terra sem precisar modificá-la. Ele mostra o potencial intrínseco, com base em fatores naturais”, explica Roberto Teixeira, pesquisador da Embrapa Solos.
De acordo com o novo mapa, entre as regiões com maior aptidão agrícola estão o Centro-Oeste e o Matopiba (fronteira agrícola entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que apresentam grande proporção de áreas classificadas como de “alta” ou “muito alta” aptidão para lavouras sob manejo tecnificado. Já áreas com relevo acidentado ou solos muito rasos, comuns em partes da Mata Atlântica ou no semiárido do Nordeste, aparecem com menor potencial.
Por Embrapa e BAND.