O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), por meio da supervisão da Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão, tem atuado para o fortalecimento das cadeias produtivas sustentáveis dos frutos nativos dos biomas presentes no estado. Em Araguacema, o apoio da equipe da Unidade Conservação (UC) à Associação das Mulheres Agroextrativistas da APA Ilha do Bananal/Cantão (AMA Cantão) tem dinamizado a logística da coleta e da quebra do coco babaçu, fruto tradicional da região.
As atividades começaram no mês de março, quando a equipe técnica da UC se uniu às mulheres na coleta dos frutos nativos. Neste mês, já foram realizadas duas quebras de coco e uma terceira quebra ainda está prevista, o que reforça o compromisso com o manejo sustentável e coletivo dos recursos naturais.
A coordenadora do núcleo local da associação, Maria Januária, celebrou o apoio do Instituto. “Realmente, sem a parceira do Naturatins, estaríamos com dificuldades, porque catar o coco babaçu é complicado, é difícil e a quebra também. Em nome de todas as minhas parceiras queremos agradecer o apoio na alimentação e nos veículos também. Nós somos privilegiadas por ter essa parceria de vocês, agradecemos ricamente”, declarou a coordenadora.
A servidora do Naturatins, Hélia Regina, destacou que o objetivo das associadas é apresentar e comercializar suas produções durante a Feira de Tecnologia Agropecuária (Agrotins 25 anos). “A ação, de expor e vender o que produzem na Agrotins 25 anos, representa um passo importante na valorização dos produtos da sociobiodiversidade local. E, como órgão ambiental, reforçamos nosso papel em incentivar práticas sustentáveis que respeitem a biodiversidade e os modos de vida das comunidades que vivem na Unidade de Conservação”, destacou Hélia Regina.
Todo o fruto coletado e quebrado será processado numa oficina voltada à produção do óleo de coco babaçu que está prevista para o dia 8 de maio. A iniciativa conta ainda com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Turismo e Cultura de Araguacema, e tem como missão fortalecer a cadeia do babaçu, gerar renda às mulheres das comunidades tradicionais e celebrar seus saberes e práticas ligadas ao extrativismo.
Por Lidiane Moreira/Governo do Tocantins.