A agência de Defesa Agropecuária (Adapec), orienta os produtores rurais sobre a proibição da utilização da cama de aviário na alimentação de animais ruminantes (bovinos, búfalos, caprinos e ovinos), para evitar doenças como a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como mal da vaca louca.
O Brasil possui status sanitário de risco insignificante para EEB, desde 2013, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O alerta visa proteger o rebanho e manter o Brasil livre da enfermidade, garantindo a manutenção de mercados internacionais para os produtos agropecuários brasileiros.
Segundo o responsável pelo Programa Estadual de Prevenção à EEB, Marcelo Inocente, a orientação é uma medida de prevenção sanitária, pois, com a chegada do período de estiagem é comum os produtores rurais buscarem alternativas para alimentar seus animais e podem cometer o grave erro de utilizar a cama de aviário. “Esses alimentos são proibidos por lei porque colocam em risco a segurança de toda a cadeia produtiva agropecuária do estado”, alertou.
A cama de aviário é um grande risco sanitário quando utilizada na alimentação de bovinos, caprinos e ovinos, pois pode conter resíduos de proteínas de origem animal, fragmentos de penas, vísceras e sangue, infectados com o agente infeccioso chamado príon, causador da EEB, popularmente conhecida como mal da vaca louca.
Fiscalizações
A Adapec realiza fiscalizações constantes em propriedades rurais para verificar as dietas fornecidas aos ruminantes. Os técnicos analisam cochos, depósitos de ração e notas fiscais, bem como coletam materiais para análises laboratoriais. Caso seja constatado o uso de cama aviária na alimentação, o produtor poderá sofrer as seguintes penalidades: multas, interdição da propriedade, impedimento na venda de animais e a eliminação de animais que tiveram contato com o subproduto.
A cama aviária é o material utilizado como forração no chão dos galpões onde são criados frangos de corte. Ela geralmente é composta por serragem, palha de arroz, casca de amendoim ou outros resíduos vegetais. Ao longo do tempo, esse material acumula fezes das aves, penas, restos de ração a base de farinha de carne e ossos ou outros produtos de origem animal, que podem conter o príon (agente infeccioso) que causa a doença.
No Brasil, é proibido o uso de proteína animal na fabricação de ração para bovinos.
Sintomas
Os animais acometidos pela doença podem apresentar comportamento agressivo, nervosismo, dificuldade de coordenação, diminuição da produção de leite e perda de peso. A doença é fatal e o animal pode morrer entre duas semanas e seis meses após os sintomas.
Para mais informações, ligue 0800 000 4733.
Por Welcton de Oliveira/Governo do Tocantins.