Durante cinco dias, representantes de povos originários, comunidades tradicionais e da agricultura familiar se reuniram em um grande encontro de saberes, trocas e fortalecimento cultural.
O curso de formação para as Oficinas Participativas do REDD+, promovido pelo Governo do Tocantins por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) e do Tocantins Carbono (Tocar), encerrou-se na terça-feira, 11 na Escola de Gestão Fazendária (EGEFAZ), com a participação de cerca de 150 pessoas.
Mais do que um espaço de aprendizado técnico sobre o REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), o evento consolidou a valorização dos modos de vida e da relação profunda dessas comunidades com a terra e a floresta. Cada fala e cada discussão trouxeram a memória coletiva dos povos indígenas, quilombolas e agricultores familiares, reafirmando sua identidade e protagonismo na preservação ambiental.
Uma escuta ativa para preservar o futuro
A formação capacitou as equipes que irão conduzir as 47 Oficinas Participativas do REDD+, previstas para ocorrer entre 21 de março e o final de maio. O processo de escuta dessas comunidades é uma etapa essencial para assegurar a justiça na repartição dos benefícios oriundos da comercialização de créditos de carbono, garantindo que aqueles que historicamente protegem os biomas tenham sua voz respeitada na construção do Programa Jurisdicional de REDD+.
A superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh destacou a importância do envolvimento direto das comunidades na definição de como esses benefícios serão distribuídos.
“Foram dias intensos de debates, questionamentos e reflexões. Aos poucos, as dúvidas vão sendo esclarecidas e há um amadurecimento do entendimento sobre o processo. Isso fortalece o caminho para que essa política seja construída de forma justa e participativa”, afirmou.
Por Precisa Assessoria.