Conforme indicado pelo boletim semanal de monitoramento das lavouras da Conab, já são registrados avanços na colheita do milho safrinha, isso acontece, principalmente em áreas irrigadas e em regiões que tiveram a maturação acelerada em função das temperaturas mais elevadas.
Em Mato Grosso, a colheita teve início nas áreas irrigadas. As demais lavouras estão em estádios reprodutivos e apresentam boas condições. Com ressalva para a falta de chuvas em áreas do sul e leste do estado.
No Paraná, as chuvas recentes e a queda nas temperaturas contribuíram significativamente para a recuperação das lavouras. Esse cenário beneficiou a retenção de água no solo, crucial para o desenvolvimento das plantas.
Em Mato Grosso do Sul, a colheita também foi iniciada, mas observa-se uma antecipação do ciclo das lavouras, atribuída ao tempo seco e quente predominante na região. Essa antecipação pode impactar a produtividade final.
Em Goiás, a ausência de chuvas tem prejudicado o desenvolvimento das áreas de plantio tardio, situação que requer atenção devido à sua influência direta na formação e enchimento dos grãos.
Condição muito semelhante observada nas lavouras de São Paulo, a falta de precipitações na maior parte do estado está comprometendo o desenvolvimento das lavouras, um fator que pode reduzir a produtividade esperada.
Em Minas Gerais, a maioria das lavouras de milho safrinha está em estágio reprodutivo, uma fase crítica que demanda condições hídricas adequadas para assegurar a formação dos grãos.
No Tocantins e Maranhão, a redução das precipitações está impactando negativamente o desenvolvimento das áreas semeadas tardiamente. Esse déficit hídrico pode resultar em perdas de produtividade, especialmente nas lavouras que necessitam de água nesta fase final do ciclo.
No Piauí, as lavouras mais tardias enfrentam um déficit hídrico significativo, o que pode comprometer a qualidade e quantidade dos grãos colhidos. Em contraste, no Pará, as frequentes precipitações têm favorecido as áreas em enchimento de grãos, proporcionando boas condições para o desenvolvimento final das lavouras.
Os avanços na colheita foram registrados apenas nos estados de Mato Grosso (0,9%) e Mato Grosso do Sul (0,1%) representando o total de 0,4% do total nacional, +0,2% superior ao mesmo período do ano passado.
Desta forma, a expectativa é de que a colheita seja mais adiantada do que na safra anterior, dada as condições de clima mais seco e quente na parcela central do Brasil.
Isso acende um sinal de alerta para a safra de 2024, uma vez que o ciclo das lavouras pode ter sido mais curto do que o necessário, dadas as condições de temperaturas significativamente mais elevadas no decorrer dos últimos meses.
Indicativo de melhorias na disponibilidade hídrica
A perspectiva de chuvas ao longo dos próximos dias, embora sejam chuvas intensas no extremo sul do país, os acumulados podem ter força o suficiente para avançar sobre o estado do Paraná, sul de Mato Grosso do Sul e São Paulo, melhorando a disponibilidade hídrica.
Setores do sul de Mato Grosso do Sul podem registrar volumes de 25 a 50 mm no decorrer dos próximos 5 dias, enquanto áreas da parcela central do Parnap podem ter acumulados na faixa dos 50 a 100 mm para o período.
Após o avanço das instabilidades, a perspectiva indica a chegada de uma massa de ar frio, que pode favorecer a manutenção da umidade no solo, diminuindo as taxas de evaporação dessa água.
Áreas em verde indicam o aumento dos níveis de umidade no solo ao longo dos próximos 5 dias. Fonte: Agrotempo
Por AgroLink.