Um casal conseguiu se surpreendeu ao fisgar um peixe no Lago Verde, em Lagoa da Confusão, mas só conseguiu tirar a carcaça da água porque as piranhas do local devoraram parte do pescado. Esse comportamento é comum em cardumes de piranhas, que encontram como presas peixes debilitados ou em ‘situação de estresse’, segundo a bióloga Meriele Oliveira.
O que pode ter levado as piranhas a atacar o peixe nessas condições é a liberação de substâncias que atraem o cardume.
“O peixe libera feromônios em pequenas quantidades e, às vezes, até pequenas quantidades de sangue na água. E aí com certeza serve como um forte atrativo para as piranhas, que possuem um olfato extremamente sensível. Não é incomum que piranhas atacam presas já debilitadas ou, às vezes, em situação de estresse, como acontece com os peixes quando são fisgados”, explicou a bióloga.
Aurileia Gomes de Andrade dos Santos e Marino Neto Chaves dos Santos estavam em um barco no rio, na região Oeste do Tocantins. Ao g1, ela disse que o objetivo era pescar um tucunaré, mas os peixe que serviu de refeição para as piranhas foi um surubim.
A ação das predadoras foi bem rápida. segundo Aurileia, entre o momento que o peixe foi fisgado e a retirada da água se passou menos de um minuto. E mesmo com a experiência de 18 anos pescando, eles nunca tinham passado por isso.
Se alimentar de outros peixes, faz parte dos hábitos alimentares das piranhas. “É importante frisar, que é um ataque rápido e coordenado. É uma estratégia de sobrevivência e alimentação muito eficiente que as piranhas têm. Nesse caso, em específico, é provável que esse peixe já estivesse exausto e sangrando, que acabou desencadeando a resposta predatória do cardume”, explicou a bióloga.
O Lago Verde, onde os pescadores estavam, é comum ter muitos indivíduos das espécies conhecidas como piranhas preta e vermelha. Inclusive, Aurileia contou que eles sempre pescam piranhas.
Por Patricia Lauris.