O Ministério da Saúde publicou uma nota conjunta com orientações sobre estratégias para mitigar impactos à saúde animal e ambiental nas proximidades do Rio Tocantins.
A medida ocorreu devido a queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), em que caminhões que transportavam agrotóxicos e ácido sulfúrico caíram no rio.
Estratégias para mitigar impactos à saúde animal e ambiental
A nota informativa contém estratégias para a mitigação de possíveis impactos à saúde humana, animal e ambiental da região, além de orientar equipes dos serviços de saúde locais para eventuais casos de intoxicação.
Além disso, no dia 8 de janeiro, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicaram uma nota conjunta sobre a qualidade da água do rio.
De acordo com a nota, nos resultados das análises das amostras coletadas entre 24 e 29 de dezembro de 2024, não foram encontrados indícios de contaminação da água do rio Tocantins pelos agrotóxicos transportados.
Em contrapartida, os órgãos ressaltaram que, enquanto o material químico estiver depositado no rio Tocantins, persiste o risco de eventual rompimento dos recipientes e consequente contaminação da água, com possíveis impactos sobre o meio ambiente e usos múltiplos, incluindo abastecimento público de comunidades ribeirinhas e cidades ao longo do rio.
Devido a isso, a situação segue sendo acompanhada por técnicos com o intuito de minimizar eventuais danos.
Confira as recomendações aos profissionais de saúde da vigilância em saúde ambiental
- Identificação de áreas de risco potencial para contaminação da água;
- Emissão de alertas sobre a necessidade de restrição do uso de água em regiões afetadas;
- Monitoramento de resíduos de agrotóxicos em água para consumo humano, segundo diretrizes para o monitoramento de agrotóxicos em água para consumo humano;
- Desenvolvimento de estratégias de comunicação de risco para a população exposta ou potencialmente exposta (por exemplo, aproveitando os canais de comunicação utilizados pela Atenção Primária à Saúde nos territórios via Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN), como grupos de WhatsApp e afins).
Por Arieny Alves.