Região do Matopiba – área formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada um dos polos de crescimento da agricultura no país possuí um equipamento, um pivô Valley de 460 hectares, considerado o maior pivô central do mundo.
A irrigação no agronegócio brasileiro atingiu um novo patamar com a instalação do maior pivô central do mundo, localizado na região do Matopiba – área formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada um dos polos de crescimento da agricultura no país. O equipamento, um pivô Valley de 460 hectares, representa um marco tecnológico e reforça o papel da irrigação como ferramenta essencial para a produtividade agrícola.
Um gigante da irrigação
O pivô, que possui 26 lances mais balanço, foi projetado para garantir eficiência máxima na aplicação de água. Seus emissores, da marca Nelson Accelerator com placas douradas, proporcionam uma distribuição uniforme e otimizada da irrigação, reduzindo desperdícios e maximizando o aproveitamento hídrico.
Além disso, o equipamento conta com telemetria embarcada, permitindo o monitoramento e controle remoto em tempo real, de qualquer parte do mundo. A presença de um pluviômetro digital possibilita ajustes automáticos, interrompendo a irrigação em caso de chuvas, garantindo economia e eficiência.
Outro ponto crucial do projeto é o alinhamento aéreo do pivô, um sistema que evita desajustes estruturais e assegura o funcionamento contínuo e preciso.
Desafios e impactos da irrigação na região
A presença de um equipamento dessa magnitude exige planejamento estratégico na escolha das culturas, visto que a lâmina de irrigação menor limita algumas opções de plantio. No entanto, essa irrigação controlada se traduz em altos índices de produtividade e estabilidade, minimizando os impactos das oscilações climáticas – um fator essencial para uma região sujeita a períodos de seca severa.
Nos últimos anos, a irrigação tem sido um diferencial para o crescimento do agronegócio no Matopiba. Um exemplo emblemático é a Fazenda Franciosi, localizada em Luís Eduardo Magalhães (BA), que investiu fortemente na expansão de áreas irrigadas após uma severa crise hídrica em 2017. Atualmente, algumas de suas unidades são 100% irrigadas, incluindo a Fazenda Santana, considerada a maior área irrigada da América Latina.
O avanço da irrigação no Brasil
O Brasil possui cerca de 8,2 milhões de hectares irrigados, sendo 2,2 milhões irrigados por pivôs centrais, conforme dados da Agência Nacional de Águas (ANA). Os estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia concentram grande parte dessa infraestrutura, com destaque para o Oeste da Bahia, um dos maiores polos irrigados do país.
A instalação do maior pivô central do mundo reforça a importância do uso eficiente da água na agricultura, promovendo maior segurança alimentar e competitividade para o Brasil no mercado global. O avanço da irrigação permite que áreas antes improdutivas se tornem verdadeiras potências agrícolas, assegurando safras regulares e aumentando a rentabilidade dos produtores.
Um futuro cada vez mais tecnológico
O pivô gigante no Matopiba é um exemplo de como a tecnologia e a inovação estão transformando a agricultura brasileira. Com sistemas cada vez mais inteligentes e conectados, a irrigação se consolida como uma das principais estratégias para enfrentar desafios climáticos e garantir o crescimento sustentável da produção agrícola.
Diante desse avanço, o Brasil reafirma seu protagonismo na agropecuária mundial, com investimentos estratégicos que maximizam a produtividade, reduzem desperdícios e colocam a tecnologia a serviço do campo. O maior pivô do mundo é, sem dúvidas, um símbolo desse novo agro – mais eficiente, sustentável e preparado para o futuro.
Por Compre Rural.