No Brasil, os preços da soja deram algum sinal de recuperação em algumas praças. A média gaúcha ficou em R$ 57,50/saco, enquanto as principais praças permaneceram em R$ 54,00. No restante do país, os preços variaram entre R$ 37,00 e R$ 58,00/saco, com o valor CIF nos portos de embarque chegando a R$ 64,00/saco.
De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), a área semeada com milho safrinha foi menor do que o calculado anteriormente pela Conab, totalizando agora 16,2 milhões de hectares, cerca de um milhão de hectares a menos do que o previsto inicialmente. A principal redução veio do Centro-Oeste, onde a área passou para 10,6 milhões de hectares, aproximadamente 800.000 hectares a menos.
No último levantamento semanal, a Conab apontou que a colheita da segunda safra brasileira de milho atingia 79,6% da área semeada, contra 47,9% no mesmo período do ano passado. A colheita por estado estava assim: Mato Grosso (97,7%), Tocantins (95%), Paraná (67%), Goiás e Mato Grosso do Sul (62%), Piauí (56%), São Paulo (55%), Minas Gerais (47%) e Maranhão (44%).
Especificamente no Mato Grosso, segundo o Imea, o custo operacional efetivo médio do milho na safra 2024/25 fechou junho em R$ 4.589,36 por hectare, uma alta de 0,24% em relação a maio. Com o preço ponderado de junho em R$ 35,99/saco, o produtor precisará produzir 127,52 sacas por hectare para cobrir os custos na safra 2024/25, 6,13 sacas/ha a mais do que na safra anterior, devido ao aumento do pacote tecnológico. Considerando a produtividade média dos últimos três anos (110,8 sacos/ha), o produtor cobrirá apenas os custos operacionais da temporada.
No Paraná, segundo o Deral, 76% das lavouras de safrinha foram colhidas até o final da semana. Das lavouras restantes, 42% estavam em boas condições, 36% em condições médias e 22% em condições ruins. A melhoria do clima após as grandes chuvas permitiu a retomada da colheita.
No Mato Grosso do Sul, a Famasul aponta que a colheita da safrinha chegou a 49,6% da área, bem acima do registrado no mesmo período do ano passado. Das lavouras restantes, 39,5% estavam em boas condições, 25,9% em condições regulares e 34,6% em condições ruins. A previsão de colheita final no estado é de 11,4 milhões de toneladas, uma queda de 19,2% em relação ao ano anterior.
Segundo a Anec, em julho o Brasil deverá exportar 4,6 milhões de toneladas de milho, contra 5,9 milhões no mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros 15 dias úteis de julho, a Secex reportou a exportação de 1,6 milhão de toneladas, indicando um ritmo lento para atingir a expectativa da Anec. A média diária de exportação em julho é 47,6% menor do que a de julho do ano passado, com o preço médio da tonelada de milho brasileiro recuando 19% em um ano, atingindo US$ 198,30/tonelada.