Os exportadores brasileiros de café têm dois planos para isentar o produto do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A ideia é isentar o grão até que se consolide acordo bilateral ou manter a commodity na lista de isenção produto a produto, conforme ordem executiva de 5 de setembro.
A proposta foi defendida, na quarta-feira (22), pela diretoria executiva do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), representada pelo diretor-geral Marcos Matos e pelo diretor técnico Eduardo Heron, durante reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em Brasília (DF).
Segundo Matos, em nota, “sobre o café, há duas frentes de ação: o produto se encaixar na solicitação de suspensão de todas as tarifas para produtos brasileiros, enquanto se conclui o acordo comercial bilateral; ou, não havendo essa suspensão, o café seguir na lista de isenção produto a produto, sendo incluído no anexo 2 da ordem executiva assinada pelo presidente Trump no dia 5 de setembro”.
Ele destacou que a primeira proposta – suspensão até conclusão de acordo bilateral – já foi formalizada ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, aos demais secretários americanos do Comércio e ao USTR, estando em fase de avaliação pela administração Trump.
“Os Ministérios de Relações Exteriores (MRE), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Fazenda, além do próprio MDIC, via Camex, estão em contínuo trabalho para os preparativos da reunião entre os presidentes na Malásia. Alckmin nos informou que fez o pedido diretamente ao presidente Lula para que ele aborde essa possibilidade de suspensão até a conclusão do acordo bilateral nessa importante conversa prevista para domingo, dia 26”, informou Matos.
Caso a suspensão não ocorra, Matos revelou que o plano é o café seguir na isenção produto a produto, conforme ordem executiva de 5 de setembro. “Houve um movimento de pinçar produtos, como a celulose e parte das madeiras, que foram para o anexo 2 com isenção total, sendo retirados, inclusive, os 10% da tarifa-base, de abril. O vice-presidente nos relatou que, para essa possibilidade, o café é o primeiro produto a ser incluído na lista de isenção, tanto pelo governo brasileiro, quanto do lado dos EUA”, mencionou.
O diretor-geral do Cecafé relatou que Alckmin passou a mensagem que o foco da reunião prevista entre Lula e Trump está na pauta econômica, com senso de urgência. “O vice-presidente da República comentou, ainda, que deseja manter contato permanente com o Cecafé para avaliação de cenários e à resolução de outros desafios que ocorrem para as exportações de café aos EUA e aos demais parceiros comerciais do Brasil”, concluiu.
Por Canal Rural.


















