O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepea), em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), intensifica suas ações para fomentar o consumo de peixes, frutos do mar e outros pescados.
O objetivo é impulsionar o setor pesqueiro e promover a aquicultura local. Este ano, o foco está na capacitação de técnicos e produtores, além de pesquisas voltadas à produção sustentável. O Tocantins, que atualmente ocupa a 18ª posição no ranking nacional de produção de peixes, de acordo com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), tem uma capacidade estimada de produzir 900 mil toneladas de pescado por ano.
Um dos destaques na produção local é o aumento significativo da criação de tilápia em tanques-rede no reservatório da Bacia do Rio Tocantins. Com mudanças na legislação, a produção desse pescado saltou de 80 toneladas em 2020 para 450 toneladas em 2022, conforme os últimos dados divulgados.
Além de ser uma matéria-prima versátil em diversos pratos, o pescado desempenha um papel essencial na saúde humana. Rico em nutrientes como retinol, ferro, zinco, vitaminas D, E e B12, cálcio, iodo, selênio e ômega-3, o peixe é amplamente associado à prevenção de doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
A nutricionista Ludmilla Moreira explica que os pescados são benéficos para o crescimento muscular, a saúde da pele e a regeneração celular. “Os peixes têm a vantagem de possuir menos gordura do que a carne vermelha e são ricos em gorduras insaturadas, que são saudáveis e ajudam a regular o colesterol”, destaca.
Ela ressalta ainda que os peixes gordurosos, como o salmão e a sardinha, contêm ômega-3 e ômega-6, com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Essas substâncias auxiliam na redução do colesterol LDL (o chamado “colesterol ruim”) e aumentam o HDL (o “colesterol bom”), diminuindo assim o risco de doenças cardiovasculares.
Moreira também alerta para a importância de consumir peixes frescos, evitando os ultraprocessados, como os enlatados, que possuem altos níveis de sódio, conservantes e corantes. “O ideal é que o peixe seja consumido na forma mais natural possível, para preservar suas propriedades nutricionais”, aconselha.
De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), o tambaqui é a espécie mais produzida no estado, respondendo por 48% do volume total. Também são relevantes na produção os híbridos tambacu e tambatinga, que representam 34% da criação local, enquanto o pintado e seus híbridos correspondem a 10,49% do total produzido no Tocantins.
Com o fortalecimento das ações de incentivo ao consumo de pescado e o aumento da produção, o Tocantins busca consolidar sua posição como um dos principais polos de piscicultura do Brasil.
Por Pensar Agro.